sexta-feira, maio 11

sexta-feira, abril 20


TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO
E
 COMUNICAÇÃO NA EDUCAÇÃO
REFLEXÕES INICIAIS*

                      Tomando como inspiração os fragmentos de Fernando Pessoa, sob o heterônimo Álvaro de Campos, temos a certificação da velocidade com que o tempo passa em nossas vidas. Cada minuto deve ser preciosamente aproveitado, segundo o próprio poeta.
                             Isso nos leva, como educador que somos a nos preocuparmos mais com o que estamos ensinando e como estamos repassando esses ensinamentos aos nossos alunos; se de fato, as transformações nos mesmos, em decorrência do que e como ensinamos, vêm ocorrendo na mesma velocidade das vertiginosas mudanças em todos os setores da sociedade, sobretudo na própria educação.
                             Vivemos em uma sociedade da aprendizagem, segundo Pozo (2007) que afirma ainda que “aprender constitui uma exigência social crescente que conduz a um paradoxo: cada vez se aprende mais se fracassa mais na tentativa de aprender”.
                             Essa afirmação nos leva a conceber cada vez mais a nos preocuparmos com o momento atual que vive a sociedade em geral sob o ponto de vista da aprendizagem, tanto em quantidade como em qualidade de conhecimento.
                             Aí então, é que entra o nosso papel de  professor, na disseminação desses conhecimentos mas, antes de mais nada, de estarmos sempre preocupados em procurarmos nos informar com atualizações prementes que crie melhorias de condições de aprendizagem para os nossos educandos.
                              Como vivemos atualmente numa sociedade digital, Isto é, informatizada e consequentemente dependente das tecnologias da informação e comunicação (TICs), não podemos mais distanciar as nossas salas de aulas desse contexto.
                               Há muitos modos de trabalharmos a disseminação do uso das TICs em diferentes ramos de atividades didático-pedagógicas, pois não podemos deixar de observar que as mesmas geram mudanças significativas na vida de nossos alunos.
                               De sobremaneira, há um desafio muito grande lançado para nós, que é  fazermos acontecer a educação, trabalhando a formação dos nossos alunos enquanto cidadãos, de modo a proporcioná-los uma autonomia tanto na  procura e na seleção de informações como na resolução de problemas de suas vidas pessoais e também profissionais, sem deixar de respeitar  as diversidades culturais de cada indivíduo dos seus diversos grupos sociais, inclusive a faixa etária.


(*) Texto produzido para o mod. I do  curso TECNOLOGIA NA EDUCAÇÃO: ENSINANDO E APRENDENDO COM AS TIC’s em mar/2012.

A TRILOGIA DOS NÚMEROS



1 - APRESENTAÇÃO
As reflexões sobre o conhecimento matemático, sua natureza, seu papel na sociedade durante todo o percurso da história da humanidade, sua construção de forma específica, filosófica e contextual, trazem para a educação o desafio de refletir a respeito da colaboração que a Matemática tem a oferecer com vistas à formação da cidadania. Ou seja, sua contribuição para a constituição de condições humanas de sobrevivência, inserção das pessoas no mundo do trabalho, das relações sociais e da cultura, com o desenvolvimento de posicionamento crítico e propositivo diante das questões sociais.
   Ao mencionarmos a palavra Matemática, é inevitável que estejamos nos referindo a números, pois, além dos mesmos constituírem o alicerce de todo o conhecimento matemático, eles são o seu objeto principal de estudo.
 No limiar dos tempos até os dias de hoje os números sempre possuíram uma estreita ligação com a natureza humana, quer em relações extremamente específicas da Matemática, quer em outras relações aparentemente distantes desta, tais como: filosóficas, sociológicas, religiosas, culturais, artísticas, históricas, geográficas, ecológicas, astronômicas, astrológicas e científicas, dentre outras.
2 - JUSTIFICATIVA
                  A necessidade do desenvolvimento de um projeto na área de Matemática e suas tecnologias, em particular com as características descritas acima, se torna imprescindível numa escola pública, uma vez que o mesmo fomentará conhecimentos mais abrangentes dos números por parte do aluno com um estudo através de pesquisas, descobertas e criações.
Baseado nesse ponto de vista didático-pedagógico elaboramos este Projeto - A TRILOGIA DOS NÚMEROS - visando uma aprendizagem significativa no intuito de aproximar a Matemática aos nossos alunos, propiciando o estímulo ao interesse pelo aprendizado da mesma e, ao mesmo tempo, efetivar um paralelo entre os ambientes puramente numérico, interdisciplinar e contextual dos mesmos.
                  Com este instrumento pretende-se criar junto aos alunos da U.I. Barjonas Lobão o hábito de pesquisa direcionado à Matemática, entretanto sem dissociar o seu objeto do cotidiano dos mesmos, oferecendo-lhes oportunidade de questionamentos, descobertas e criações no sentido de proporcionar, dentro do ambiente escolar, uma verdadeira iniciação científica que os levará a uma aprendizagem mais prazerosa.
                   Através de livros da literatura específica da Matemática e de outros ramos e da internet, os alunos buscarão informações precisas sobre cada número propiciando o contato direto com os mesmos numa visão, não só meramente matemática, mas principalmente dentro de outros pontos de vistas acima citados.


3 - OBJETIVO GERAL
                   Propiciar aos alunos um ambiente significativamente familiarizado com os números num sentido amplo que associa cada um desses números à sua aplicabilidade, relação e importância com a vida do ser humano, nos mais variados setores, desde os tempos remotos até os dias atuais.

4 - OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
·         Despertar o interesse pela literatura matemática através de pesquisas em livros, revistas, jornais e da internet;
·         Incentivar o gosto pela pesquisa na área da Matemática e suas Tecnologias;
·         Desenvolver a criatividade dos alunos através de jogos, trabalhos manuais, dramatizações, apresentações orais, uso de computadores e outras mídias, instrumentos de medidas, etc.;
·         Relacionar os números trabalhados com outras áreas do conhecimento, principalmente a sócio-cultural e religiosa;
·         Perceber a interdisciplinaridade da aplicação dos números;
·         Observar a importância de cada número trabalhado no seu dia a dia;
·         Trabalhar a formação de conceitos;
·         Desenvolver habilidades para a construção de significados;
·         Estimular a curiosidade e a investigação, por meio de diferentes modos de representação, tais como linguagem oral, gráficos e tabelas;

5 - PÚBLICO ALVO
Este Projeto destina-se aos alunos dos Ensinos Fundamental e Médio da U.I. Barjonas Lobão – CAIC, sem distinção de série e/ou idade.

6 - METODOLOGIA
·         Distribuição dos temas por turma (cada turma ficará responsável em desenvolver o tema sobre um número específico, exceto as 2ª e 3ª séries do ensino médio) e os subtemas por equipes;
·         Levantamento bibliográfico;
·         Coleta do material a ser desenvolvido;
·         Sistematização do material coletado;
·         Levantamento dos recursos para apresentação;
·         Montagem dos temas através de técnicas de apresentação;
·         Montagem dos stands;
·         Culminância do Projeto


7 - DESENVOLVIMENTO DO PROJETO
A relação dos números com várias áreas do conhecimento humano será o principal foco estabelecido neste Projeto – A TRILOGIA DOS NÚMEROS. Cada turma ficará responsável por um número ou conjunto de números que serão o tema, enquanto essas turmas divididas em equipes desenvolverão os subtemas correspondentes a cada número.
As abordagens serão feitas sobre os seguintes aspectos em relação a cada número: grafia em várias línguas (antigas e atuais); símbolos (antigos e atuais); características matemáticas; curiosidades; relação com a religião e misticismo, filosofia, cultura, arquitetura, artes, esportes, história, geografia, astronomia, astrologia, ciências naturais, etc.
Segue, portanto a distribuição dos temas e subtemas de acordo com a disposição das turmas. Outrossim, convém destacar que os subtemas listados são a título de sugestão e de referência, podendo os mesmos serem ampliados, porém não omitidos na sua totalidade:
Número Zero
A descoberta dos hindus; O zero e o conjunto vazio; O elemento neutro da adição; O zero à esquerda e o zero à direita; As operações fundamentais com zero;
Número 1
O Princípio de tudo; Unicidade (DEUS), a vida; Gênesis, o livro da criação; A unidade; A união; O campeão; O primeiro (a primeira); O goleiro; 1 em romanos; 1 no jogo do bicho; Ano novo (1º de Janeiro – Dia da confraternização mundial); O elemento neutro da multiplicação; O número atômico do Hidrogênio; Título de uma coletânea dos Beatles; Substantivo e artigo indefinido;
Número 2
Adão e Eva; O casal (a base da família, arca de Noé); O número par; Antagonismos (Céu & Terra, Bem & Mal, Riqueza & Pobreza, Guerra & Paz); Simetria (Geral, do Corpo dos vertebrados/ser humano, atração e reação, direita e esquerda); O sistema binário – a base da informática; 2 no jogo do bicho;
 Número 3
A Santíssima Trindade; Os 3 mosquiteiros; O triângulo; O trevo de três folhas; Os múltiplos de 3; 3 no jogo do bicho; Os 3 reis magos;
Número 4
Os 4 elementos da natureza; os quadriláteros; Os 4 cantos; Os 4 pontos cardeais; O G4 – as 4 maiores potências do mundo; 4 no jogo do bicho; As 4 estações do ano;

Número 5
               Os múltiplos de 5 (Multiplicação e divisão – regra prática); O Pentágono; Os 5 dedos humanos; O pentatlo (o antigo e o moderno); Os continentes; Brasil penta campeão do mundo;  5 no jogo do bicho;
Número 6
               A mega sena; O hexágono e as colméias; O primeiro número perfeito; O cubo e o jogo de dados; Brasil rumo ao hexa em 2014;
Número 7
Os 7 anões da Branca de Neve; As 7 maravilhas dos mundos antigo e contemporâneo; As 7 cores do arco- Iris; As 7 notas musicais; São Luís, ilha dos encantos; Os 7 pecados capitais; A 7 artes; Os 7 dias da semana; Os 7 sábios da Grécia antiga; O 7 e o apocalipse; 7 e o misticismo; 7 no jogo do bicho; O 7 de setembro no Brasil;
Número 8
O número da sorte do chinês; O 8 deitado; O Oitavo mês do calendário ateniense; O número amaldiçoado pelos haruhiistas; O atual número de planetas do sistema solar; O Maranhão e suas belezas naturais;
Número 9
O último algarismo do sistema decimal; O número de meses de gestação da mulher; O número de renas do papai Noel; O número de orifícios do corpo humano; Cavaleiros da Ordem dos Templários; Judas, o nono discípulo de Cristo; O nordeste brasileiro;
Número 10
A dezena; O sistema de numeração decimal; Os números decimais; A potência de 10; Os múltiplos e divisores de 10; “Os camisas 10” mais famosos do futebol em todos os tempos; O decatlo moderno; O decágono; 10 no jogo do bicho;
 Número 11                                             
Curiosidades sobre o número 11; Multiplicação e divisão por 11; Futebol e o 11; O Cabalismo do 11; 11 no jogo do bicho; O 11 de setembro de 2001;
 Número 12
A dúzia e a grosa; os 12 profetas; os 12 discípulos de Cristo; Os divisores de 12; O dodecágono e o dodecaedro; Os 12 meses do ano; As 12 tribos de Israel; Os 12 trabalhos de Hércules; A légua; 12 no jogo do bicho; Os signos do zodíaco;

Número 13
O Cabalismo e o 13 (Relação do13 com a sorte ou o azar); A sexta-feira 13 do mês de agosto; O 13º salário; 13 no jogo do bicho; Os naipes do baralho;
Números 60, 100, 1.000 e 1.000.000
O sistema sexagesimal usado pelos antigos até os dias de hoje; A centena; A tonelada; A percentagem; O século (Os 400 anos de São Luís); o Milênio; Velocidade da luz e do som; Ano-luz; Bytes, megabytes e gigabytes; Distâncias consideráveis; Idade do planeta Terra; População da Terra;
Outros números
Números da besta; números amigos; números primos; números compostos; números complexos; o número (Pi); números perfeitos; números Pitagóricos; números áureos; Números fatoriais; Projeções sócio-econômicas no Brasil e no mundo; Maiores e menores do mundo; Os números da violência (sócio-cultural, trânsito,doméstica, guerra, etc.); A política nacional e os números (Congresso Nacional, Assembléias Legislativas, Câmaras Municipais); Índices sócio-econômicos;

8 - DATA DA CULMINÂNCIA
26 de novembro de 2011

9 - LOCAL
Sala de aula e o pátio interno da Escola

10 - CRONOGRAMA
·         1ª semana /set                       Distribuição dos temas
·         2ª semana /set                       Levantamento bibliográfico
·         2ª semana /set                       Coleta do material
·         2ª semana /out                       Sistematização
·         3ª semana /out                       Montagem dos temas
·         25/11                                      Montagem dos stands
·         26/11                                      Culminância (das 8:00 às 11:30 / 14:30 às 17:30)

11 - EQUIPE RESPONSÁVEL     
Professores de Matemática da 5ª série do ensino fundamental (6º ano) à 3ª série do ensino médio da U.I. Barjonas Lobão sob a coordenação do Professor Odeir de Jesus Lima.
12 - AVALIAÇÃO
A avaliação do Projeto dar-se-á de forma contínua observando-se os critérios abaixo:
·         Interesse pelo tema a ser desenvolvido;
·         Participação nas atividades observadas pelo professor e pelo monitor da equipe;
·         Assiduidade e pontualidade;
·         Iniciativa e criatividade;
·         Apresentação

POESIA MATEMÁTICA


POESIA MATEMÁTICA


Às folhas tantas 
do livro matemático
um Quociente apaixonou-se
um dia 
doidamente
por uma Incógnita.
Olhou-a com seu olhar inumerável
e viu-a do ápice à base
uma figura ímpar;
olhos rombóides, boca trapezóide, 
corpo retangular, seios esferóides.
Fez de sua uma vida 
paralela à dela
até que se encontraram 
no infinito.
"Quem és tu?", indagou ele
em ânsia radical.
"Sou a soma do quadrado dos catetos.
Mas pode me chamar de Hipotenusa."
E de falarem descobriram que eram
(o que em aritmética corresponde
a almas irmãs)
primos entre si.
E assim se amaram
ao quadrado da velocidade da luz
numa sexta potenciação 
traçando 
ao sabor do momento
e da paixão
retas, curvas, círculos e linhas senoidais
nos jardins da quarta dimensão.
Escandalizaram os ortodoxos das fórmulas euclidiana
e os exegetas do Universo Finito.
Romperam convenções newtonianas e pitagóricas. 







E enfim resolveram se casar
constituir um lar, 
mais que um lar, 
um perpendicular.
Convidaram para padrinhos
o Poliedro e a Bissetriz.
E fizeram planos, equações e diagramas para o futuro
sonhando com uma felicidade 
integral e diferencial. 
E se casaram e tiveram uma secante e três cones
muito engraçadinhos.
E foram felizes 
até aquele dia 
em que tudo vira afinal
monotonia.
Foi então que surgiu 
O Máximo Divisor Comum
freqüentador de círculos concêntricos,
viciosos. 
Ofereceu-lhe, a ela,
uma grandeza absoluta
e reduziu-a a um denominador comum.
Ele, Quociente, percebeu
que com ela não formava mais um todo,
uma unidade. 
Era o triângulo, 
tanto chamado amoroso.
Desse problema ela era uma fração, 
a mais ordinária. 
Mas foi então que Einstein descobriu a Relatividade
e tudo que era espúrio passou a ser 
moralidade
como aliás em qualquer 
sociedade.